O termo Kilim (ou Kelim, Gelim e Gilim) é de origem turca e designa tapetes normalmente produzidos em lã e sem nós e pêlo, resultando muitas vezes num tapete de dupla face.
A trama (os fios horizontais) passa alternadamente pela urdidura (fios verticais) e é bem apertada, utilizando-se diferentes cores de lã para criar os padrões desejados, de acordo com algumas técnicas específicas, sendo a mais comum a que está na figura à esquerda.
Sendo um dos tipos de tapetes orientais mais conhecidos, os Kilims são tapetes essencialmente tribais na sua origem, produzidos desde os Balcãs até ao Paquistão, com utilizações tão diferentes que vão do tradicional revestimento do chão, a sacos, almofadas e à decoração de paredes, mesas e camas.
Sempre tiveram um papel central na família como parte do dote da noiva e são também muitas vezes utilizados como parte integrante de cerimónias (como o casamento) ou como tapetes de oração.
Os Kilims Persas mais conhecidos são os provenientes das regiões de Senneh (Sandanaj), de Shahsavan e os Qashqai.
Os Kilims Senneh, da região do Curdistão, utilizam padrões florais inspirados no período Safavid e as cores dominantes são o azul, o vermelho e o marfim.
Os Kilims Shahsavan (Soumak) são produzidos pelas tribos fixadas nesta região, mas com origem turca, utilizando uma técnica de fiação muito específica, recorrendo a lã mais grosseira e escura. Os motivos são tipicamente persas (aves e figuras humanas estilizadas, florais…).
Os Kilims Qashqai feitos pelas tribos nómadas com o mesmo nome, reconhecem-se pelos seus padrões geométricos e cores vivas.
No próximo artigo vamos falar dos Tapetes Turcomanos. Esteja atento ao nosso site ou subscreva a Newsletter e receba as nossas notícias no seu e-mail.